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A perseguição de Julian Assange representa um assalto total contra os direitos democráticos. Por qual “crime” perseguem este homem? As autoridades suecas tentam obter sua extradição devido a um caso de “abuso sexual” que tem sido exposto amplamente como uma fraude. Nenhuma pessoa séria crerá por momento algum, que esta é a verdadeira razão da caça às bruxas desatada contra o fundador de Wikileaks. 

A ideia de que uma Escócia independente sobre uma base capitalista resolveria os problemas do povo escocês é falsa. Pelo contrário, levaria a uma queda no padrão de vida, pois os salários seriam reduzidos para aumentar a competitividade.

Recebemos este informe do Cairo, escrito na última semana exatamente após a grande manifestação de 27 de novembro. Enquanto este informe estava sendo escrito, vários milhares de manifestantes ainda se encontravam na Praça Tahrir depois da enorme manifestação do dia 27. Centenas de milhares de pessoas se reuniram nesta Praça, que é o símbolo da Revolução Egípcia, gritando “Revolução”, “Expulsem o governo murshid” (Murshid é o líder supremo da Irmandade Muçulmana).

A raiva espalhou-se rapidamente à medida que milhares e milhares de pessoas iam se aglutinando na Praça Tahir para protestar contra o presidente Morsi e seu partido, a Irmandade Muçulmana. Por toda a praça viam-se slogans como: “A Irmandade Muçulmana roubou a revolução”, ou: “A Irmandade Muçulmana é mentirosa”. Durante todo o dia, chegavam à praça ondas intermináveis de marchas vindas da cidade velha (parte mais antiga da cidade do Cairo onde moram as pessoas mais pobres. Nota do Editor). Em tamanho e radicalismo os protestos de ontem (dia 27 de novembro) só se equiparam aos que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak em Janeiro de 2011.

Os acontecimentos na Grécia estão mais uma vez nas principais manchetes dos jornais, depois de mais um dia de ação grevista militante e do novo “acordo” celebrado hoje pela União Europeia (UE). Este acordo para reduzir a dívida da Grécia é completamente insuficiente para resolver o problema e é um insulto à classe trabalhadora grega, que já vive anos de cortes brutais, enquanto a UE hesita. A única solução real para os problemas da Grécia é o cancelamento da dívida e a expropriação do capitalismo na Grécia e na Europa. Este artigo, que foi apresentado na segunda edição da revista teórica da Corrente Marxista Internacional, fornece algumas análises teóricas para as forças políticas e

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No dia 26 de novembro duas procissões funerárias se converteram em protestos massivos nas ruas do Egito. Durante os últimos cinco dias, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra um decreto anunciado pelo presidente egípcio, Mohamed Morsi, que lhe permite governar quase que autocraticamente. Os fatos mostram publicamente a verdadeira natureza da Irmandade Muçulmana, que antes se dizia representante da democracia no Egito. Ao mesmo tempo, tais fatos demonstram que nenhuma das contradições que levaram à revolução foram resolvidas e que debaixo da superfície está se preparando uma nova onda revolucionária.

Quando se examina a história, esta não parece ser outra coisa além de uma grande massa de contradições. Os acontecimentos se perdem em um labirinto de revoluções, guerras, períodos de progresso e decadência. Os conflitos entre as classes sociais e entre nações se movem no caos do desenvolvimento social. Como é possível entender e explicar estes fatos, quando não parecem ter base racional alguma?

No dia 4 de Outubro forças do governo guatemalteco atacaram uma manifestação de indígenas matando oito manifestantes. Milhares bloquearam a estrada pan-americana para protestar contra o aumento das tarifas de energia elétrica. Embora os soldados responsáveis pelas mortes tenham sido detidos, o governo tratou o assunto como se fosse de importância menor. Mais uma vez assistimos a uma demonstração de desumanidade do governo de extrema direita da Guatemala. (Nota do tradutor: recordemos que em 1978 os paramilitares a serviço dos EUA e da burguesia massacraram 256 indígenas.

Em agosto e setembro as manobras militares japonesas realizadas nas disputadas ilhas de Diaoyu provocaram alguns dos maiores protestos vistos na China desde o levante na Praça Tiananmen em 1989. A disputa pelas ilhas é uma luta imperialista por recursos naturais e rotas comerciais. Contudo, o protesto foi muito além da expressão de um popular sentimento anti-japonês. De fato, embora o regime de Pequim se esforce para limitá-los a isso, as manifestações foram dirigidas ao governo chinês assim como às manobras agressivas do Japão.

A situação do movimento sindical argentino é bastante penosa. A CGT está dividida em 3 partes (oficialistas, moyanistas e CGT Azul e Branca de Barrionuevo) e a CTA está dividida em duas (Yasky e Micheli). Tudo é consequência das lutas de camarilhas por seus interesses aparelhistas e pelas intromissões  da burguesia e do governo.

Mais uma vez a máquina militar israelense realiza outra execução extrajudicial. Desta vez, a IAF (Israeli Air Force – Força Aérea de Israel) fez ir pelos ares o líder militar de Hamas, Ahmed Jabari, através de um ataque por helicópteros, além de um número de civis cujo único “crime” era o de viver na “maior prisão ao ar livre do mundo” [i]. Por que isto está acontecendo agora?

Publicamos abaixo a segunda parte do texto O que é o marxismo que trata de explicar o pensamento humano, a filosofia, o idealismo e a dialética. [parte I]

O marxismo, ou socialismo científico, é o nome que se dá ao conjunto de ideias concebidas pela primeira vez por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Em sua totalidade, estas ideias proporcionam uma base teórica completamente elaborada para a luta da classe trabalhadora para alcançar uma forma superior de sociedade humana – o socialismo.