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A recente tragédia no litoral de Lampedusa causou uma sensação geral de raiva e indignação, tanto pela magnitude quanto pela forma como o desastre ocorreu, e que vai muito além das vergonhosas e hipócritas palavras e lágrimas de crocodilo das classes governantes e dos políticos da Itália e da Europa, os verdadeiros cúmplices e instigadores de tais desgraças.

O governo Dilma, ao lançar suas tropas contra os manifestantes que se ergueram contra o Leilão do Campo de Libra, aprofundou as medidas repressivas do Estado contra os que lutam por suas justas reivindicações. Ela abriu a tampa do caldeirão do inferno e por ela começam a passar os demônios da direita.

Centenas de milhares de estudantes, professores e pais marcharam ontem, 24 de outubro, em mais de setenta cidades na Espanha contra os cortes e contrarreformas e em defesa do ensino público gratuito e qualificado como parte de um dia de greve de todo os sistema educacional.

Entendemos a revolta dos jovens com essa “democracia”, como se expressam os jovens do movimento dos Black Blocs. Mas não se justifica um rechaço da democracia representativa em geral. Fazendo isso só estão facilitando o caminho de todos aqueles que hoje erguem a voz clamando por um golpe militar de tipo fascista. Negar toda a democracia só pavimenta a via da reação burguesa que está louca para proibir e esmagar as organizações do movimento operário e da juventude. O “sem partido”, “sem política” dos novos anarquistas em nada ajudou o espetacular movimento de massas eclodido nas jornadas de junho e julho.

Quando se examina a história, esta não parece ser outra coisa além de uma grande massa de contradições. Os acontecimentos se perdem em um labirinto de revoluções, guerras, períodos de progresso e decadência. Os conflitos entre as classes sociais e entre nações se movem no caos do desenvolvimento social. Como é possível entender e explicar estes fatos, quando não parecem ter base racional alguma?

Como havíamos explicado no último editorial de nossa revista Socialist Appeal – “Aprofundam-se as divisões na classe dominante” – a paralisia do governo estadunidense devido à crise orçamentária federal e à oposição Republicana à reforma sanitária de Barack Obama (“Obamacare”) é, em última instância, reflexo das contradições insolúveis do capitalismo. Devido ao grande interesse de nossos leitores sobre o que está acontecendo nos EUA, decidimos ampliar nossa explicação e análise da situação atual.

Há um crescente aumento na temperatura nas lutas da classe trabalhadora em todo o mundo. No Brasil, depois das jornadas de junho, o governo Dilma, não atendendo nenhuma das reivindicações levantadas pela juventude e pela classe trabalhadora, anunciou seu pacote de maldades com a privatização em massa: portos, petróleo, estradas e aeroportos.

Este artigo foi escrito antes da prisão da liderança de Amanhecer Dourado. No entanto, a análise que ele contém foi absolutamente confirmada pelos eventos subsequentes. A Tendência Comunista acompanha os desenvolvimentos e publicará mais artigos com nossas análises e conclusões.

O presente artigo, embora redigido em 1999, mantém toda sua atualidade e nos ensina a compreender os desdobramentos da atual crise, de sua relação com o mercado mundial com o capital fictício, com a supeprodução e com o sistema financeiro globalizado. Um excelente estudo que pode ajudar a todos na compreensão do que se passa hoje no mundo nos limites do sistema baseado na propriedade privada dos meios de produção e de sua anarquica lógica.

O capitalismo grego continua a ser o elo mais fraco da Zona do Euro e ainda se encontra sob o “tratamento intensivo” dos mecanismos de apoio da União Europeia pelo quarto ano consecutivo, bem como em recessão pelo sexto ano consecutivo. O declínio global do PIB desde que a crise começou atingirá 25% no final de 2013 e o desemprego alcançará 30%. De acordo com o Instituto do Trabalho (INE) da Confederação Geral do Trabalho da Grécia (GSEE), vai demorar no mínimo 20 anos para se retornar aos níveis anteriores à crise!

A crise mundial do capitalismo está levando a um profundo questionamento das estruturas, instituições, políticos e partidos da sociedade burguesa. Da Grécia à Itália, do Brasil à Turquia, do Egito ao Irã, a consciência das massas está experimentando uma profunda transformação.

A chanceler alemã, Ângela Merkel, e sua Aliança Democrática Cristã (CDU/CSU) celebraram uma vitória esmagadora nas eleições federais alemãs que ocorreram no último domingo. Na base de uma subida de 7,8 pontos percentuais, a CDU/CSU obteve mais de 18 milhões de votos e uma votação de 41,5% - seu melhor resultado em eleições nacionais em 20 anos. Contudo, devido ao sistema alemão de representação proporcional, esta importante subida não foi suficiente para assegurar a maioria absoluta das cadeiras parlamentares da CDU/CSU no novo Bundestag, o parlamento federal com sede no antigo prédio do Reichstag, em Berlin.

A Revolução Egípcia capturou a atenção das massas em todo o mundo. Na Indonésia, os ativistas estão discutindo vividamente o papel da Irmandade Muçulmana na revolução, a intervenção dos militares, a natureza da revolução e suas perspectivas futuras. Abaixo, em resposta a Muhammad Ridha, ativista do Partido do Povo Trabalhador (Partai Rakyat Pekerja, PRP) na Indonésia Ted Sprague descreve o processo dialético da Revolução Egípcia.

A análise marxista da história – isto é, a análise dialética e materialista da história – explica que a principal força motriz da história é a necessidade da sociedade desenvolver as forças produtivas: aumentar nosso conhecimento e domínio sobre a natureza; reduzir o tempo de trabalho socialmente necessário para produzir e reproduzir as condições de vida; melhorar o estilo e os padrões de vida.

O Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos (COSATU, em suas siglas em inglês) convocará um congresso nacional extraordinário para lidar com as divisões que devastaram a maior federação sindical da África do Sul no último período. O anúncio foi feito em 19 de agosto depois de três dias de reunião do Comitê Central Executivo (CEC), realizada em Johannesburgo. Isto ocorreu depois que nove sindicatos filiados escreveram ao CEC, solicitando a realização desse Congresso. Isto representa um passo na direção correta dado pela federação. A constituição de COSATU declara que, para que um Congresso extraordinário seja convocado, pelo menos um terço dos filiados (sete) deve fazer tal requerimento. O

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