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A história continua sendo escrita diante de nossos olhos, narrando sobre um povo aguerrido que está determinado a escrever com dignidade o seu futuro, embora a tinta que lhe obrigaram a usar seja, infelizmente, seu próprio sangue. Esses parágrafos inteiros que se redigem a cada dia nos mostram como são aleatórios os movimentos insurrecionais quando estão determinados a se mover, a avançar a velocidades inimagináveis e com uma constância incomparável, mesmo sem ter uma liderança determinada ou os melhores recursos teóricos e estratégicos. Quem quiser acompanhá-los, alcançá-los ou dirigi-los deve correr no seu ritmo e compreender o que já está sendo gestado no seu interior: uma direção

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O movimento na Colômbia que derrotou com êxito a reforma tributária de Duque está em um momento crucial. Nossos camaradas colombianos escreveram as 10 teses a seguir sobre como a luta deve prosseguir. A lógica dessa luta é uma luta pelo poder com o regime. A palavra de ordem principal deve ser: Fora Duque!

Os resultados das eleições para a Convenção Constituinte no Chile durante o fim de semana representam um terremoto político, com uma forte rejeição de todos os partidos estabelecidos, o que se pode entender como a expressão política (distorcida) da insurreição de 2019.

Declaração da Corrente Marxista Internacional (CMI), de 14 de maio, sobre a violência israelense contra a Faixa de Gaza nos últimos dias, que continua a aumentar. Dizemos: acabem com os bombardeios, acabem com a ocupação – trabalhadores e jovens do mundo, mobilizem-se e lutem por uma Palestina livre como parte de uma federação socialista do Oriente Médio!

Depois de lograr a renúncia de Alberto Carrasquilla, ministro da Fazenda, e depois da retirada da reforma tributária, a Paralisação Nacional já conta com 13 dias de luta e o movimento continua vivo nas ruas. Seus pulmões não cedem, estão cada vez mais cheios de ar e força. De nada serviram os ataques realizados pelo governo, buscando liquidá-lo, pois, a cada ferida ou mutilação nova, sua raiva aumenta, sua consciência cresce e sua determinação se concentra. É um movimento tomado pela energia da mudança que se fortalece com a dignidade que quiseram lhe arrebatar.

As preocupações estão aumentando sobre o impacto que a situação catastrófica na Índia poderia ter sobre a pandemia no continente africano. O fornecimento de vacinas para a África depende muito do Serum Institute da Índia, a fonte das vacinas AstraZeneca distribuídas pelo projeto global Covax Facility, que supostamente fornece vacinas para países pobres. A proibição de exportação de vacinas da Índia afetou severamente a previsibilidade do lançamento de programas de vacinação e continuará a fazê-lo nas próximas semanas e talvez até meses.

Como um guarda-roupa velho e instável, as instituições burguesas chilenas estalam à mais leve brisa. No mês passado, essas decadentes instituições foram derrubadas, em função de um projeto de lei que autorizaria, pela terceira vez, o saque de 10% dos fundos de pensão pelos contribuintes da previdência privada. O presidente Sebastián Piñera foi derrotado nesta questão e, mais uma vez, foi a organização da classe trabalhadora o motor de sua derrota, que se expressou em uma formidável mobilização dos estivadores e na ameaça de uma greve geral.

O Dia do Trabalhador, 1º de maio de 2021, foi marcado pela barbárie que cresce em espiral causada pela forma como a classe dominante lidou com a pandemia e a crise do capitalismo. Um aumento massivo e subterrâneo de raiva ocorreu em todo o mundo, mas os líderes reformistas dos trabalhadores em muitos países usaram a pandemia como uma desculpa para cancelar os comícios do 1º de Maio. Na verdade, muitos dos mesmos líderes usaram a pandemia para defender a “unidade nacional” e conter as lutas dos trabalhadores ao longo do ano passado. No entanto, onde foi possível, camaradas da Corrente Marxista Internacional (CMI) participaram dos protestos do Dia do Trabalhador em todo o mundo.

Uma segunda onda brutal de Covid-19 está devastando a Índia, com 350 mil novas infecções registradas diariamente – embora este número oficial apenas arranhe a superfície. A situação em todo o país é um pesadelo. Mas para aqueles que estão nas camadas mais pobres da sociedade, é uma visão do inferno.

Ontem, 3 de maio, Alberto Carrasquilla, que foi o impulsionador da Reforma Tributária, saiu pela porta dos fundos, renunciando junto com os vice-ministros da Fazenda, Juan Alberto Londoño e Juan Pablo Zárate. A pressão da Paralisação Nacional, que hoje chega ao sexto dia, e a bancarrota total do governo de Duque-Uribe puseram à prova estes funcionários de palha, que, ao subestimar a força do levantamento popular, foram derrubados pelo mesmo.

Depois de cinco dias de protestos em 23 cidades colombianas contra a Reforma Tributária de Iván Duque, o governo retirou o projeto de lei. Esta é um contundente vitória para a classe trabalhadora. Durante quatro dias, mais de 50 mil pessoas, segundo os números oficiais (uma subestimação, considerando-se as mobilizações fora da capital) tomaram as ruas para protestar contra um projeto de lei que forçava a classe trabalhadora a pagar pela crise do capitalismo causada pela burguesia.

Nota do Editor: A situação política convulsiva se desenvolve rapidamente na Colômbia. Neste artigo, publicado ontem (2) em marxist.com, apresenta um primeiro balanço da greve e protestos que já conquistaram uma importante vitória: a derrubada da reforma tributária. Ainda hoje, publicaremos uma nova análise que apresenta as perspectivas a partir desta conquista dos trabalhadores colombianos.

No início deste mês, o FMI e o Banco Mundial realizaram sua segunda série de reuniões desde o início da pandemia. Apesar dos horrores indescritíveis que milhões de pessoas estão enfrentando, aqui o clima era de celebração e otimismo. A economia mundial está se movendo novamente, e ainda mais rápido do que eles esperavam!

A aparente paz social que se vive em Portugal nos anos recentes - sem grandes revoltas nem tumultos sociais notáveis - esconde uma realidade bem mais complexa e amarga debaixo da sua superfície frágil. Apesar da comunicação social, tanto nacional como internacionalmente, ter saudado a recuperação económica em Portugal como um renascimento, as cicatrizes que uma década de austeridade deixou na sociedade, agravadas pela pandemia da COVID-19, criaram o potencial para desenvolvimentos revolucionários no futuro.

No último dia 19 de abril, a Alternativa Popular Revolucionária (APR) realizou o lançamento público do seu Congresso de Fundação. É um passo importante para a APR, que foi criada em agosto do ano passado por organizações socialistas e revolucionárias, em resposta ao curso antioperário do governo venezuelano do presidente Maduro. O congresso discutirá o programa da APR, um documento político e suas estruturas organizativas.