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O movimento das massas de Hong Kong contra a lei de extradição patrocinada por Pequim não está mostrando sinais de arrefecimento depois que 500.000 pessoas se juntaram à marcha de ontem, o aniversário da passagem do poder da Grã-Bretanha a Hong Kong. No entanto, o movimento já se encontra numa encruzilhada porque alcançou o limite do que pode ser alcançado sem liderança e programa.

A centelha de 7 de junho acendeu as contradições na sociedade liberiana. A mobilização massiva das massas no dia 7 foi um tapa na cara dos cínicos que argumentavam que o povo liberiano continuaria a aceitar alegremente o status quo podre sem agir para mudar o curso da história. Mas nada é estático: tudo se encontra em constante fluxo e sujeito à mudança. Também é assim a consciência das massas liberianas.

Em 16 de junho, há apenas uma semana da última marcha de milhões de pessoas que ocorreu em Hong Kong, aconteceu um segundo protesto em massa. Segundo os principais organizadores da Frente Civil de Direitos Humanos, cerca de dois milhões de pessoas participaram de passeata de ontem. A julgar pelas imagens e números disponíveis, bem como pelo que vi, é inteiramente crível que esse protesto seja maior do que o do domingo anterior.

Milhões de pessoas participaram da greve geral no Brasil em 14 de junho, com manifestações em 380 cidades de todo o país. A greve foi convocada em rejeição à proposta de contrarreforma do sistema de pensões do governo Bolsonaro, mas também refletiu a oposição aos cortes na educação pública, que já havia levado milhões de pessoas às ruas em 15 e 30 de maio.

A Greve Geral de 14 de junho contou com a paralisação de importantes setores da classe trabalhadora que têm uma tradição de organização, como metalúrgicos, químicos, petroleiros, bancários, servidores públicos etc. Mas a paralisação poderia ter sido mais forte e as manifestações maiores, se as direções sindicais tivessem mobilizado de fato suas bases.

Inúmeras tentativas de grilagem de terras ocorreram na Birmânia. Mais de 50% delas foram realizadas pelos departamentos militares e governamentais. O restante foi cometido por seus lacaios e capitalistas estrangeiros. Numerosas lutas camponesas vêm ocorrendo na Birmânia por suas terras de cultivo, estradas e bosques comunais. Entre esses casos, o recente protesto camponês na aldeia de Aung Thbyae, no município de Patheingyi, na região de Mandalay, merece uma menção especial.

A Revolução Sudanesa foi uma inspiração para trabalhadores, mulheres e jovens de todo o mundo. As mulheres em particular revelaram enorme potencial revolucionário. Tudo o que era progressista na sociedade sudanesa emergiu para mostrar ao mundo que a sociedade pode ser mudada. Mas também havia um lado mais sombrio e este agora levantou sua feia cabeça da forma mais brutal possível. Por que isto está acontecendo?

A campanha dentro do Partido Trabalhista pela restauração da Cláusula 4, que colocava a luta pelo socialismo como compromisso do partido, recebeu um forte impulso na conferência anual do Sindicato dos Trabalhadores da Comunicação (CWU), realizada em Bournemouth no dia 28 de abril, onde uma resolução conjunta apoiando a restauração da Cláusula 4 original ao estatuto do Partido Trabalhista foi aprovada por unanimidade.

O seguinte editorial da edição número 15 deSocialist Revolution, a revista estadunidense da Corrente Marxista Internacional, foi publicado em 8 de maio de 2019. O cenário está claramente montado para outra perturbação econômica convulsiva. A crise que se aproxima trará à superfície todas as dúvidas e frustrações acumuladas durante os chamados anos de boom.

O navio saudita Bahri Yanbu, que se encontrava atracado no porto de Gênova para carregar equipamento militar a ser utilizado no conflito do Iêmen, deixou a Itália sem a carga pretendida. Isso representa uma grande vitória para os estivadores genoveses, que se recusaram a carregar o navio, que agora se dirige para Alexandria, no Egito. No porto de Gênova, ainda acena uma bandeira: “Parem o tráfico de armas, guerra à guerra”.

A Presidente do PT da Argélia Louisa Hanoune foi presa por um tribunal militar acusada de conspiração contra a autoridade do Estado e a autoridade militar. Louisa compareceu a um tribunal como “testemunha” de um processo sobre o irmão do ex-presidente e, após o seu depoimento, foi encarcerada. A acusação de “conspiração” ou “rebeldia” é fantasiosa, quando milhões de argelinos, toda semana, se manifestam contra a continuidade do Regime Militar. Além de Louisa, presa desde 9 de maio, também Hadj Ghermoud, militante dos direitos humanos, foi preso desde janeiro. Dezenas de ativistas e militantes estão sendo ameaçados e presos na Argélia.

As manifestações de 15 de maio foram massivas, com forte participação da juventude e expressaram o ânimo e combatividade presente na base. Segundo a CNTE, cerca de 2 milhões de pessoas foram às ruas nessa data.

Hoje, In Defence of Marxism se orgulha de publicar pela primeira vez vários artigos na língua birmanesa. Eles nos foram enviados pela Frente Unida Socialdemocrata (SDUF) em Myanmar (ex-Birmânia), uma organização que participou ativamente nos protestos estudantis contra a ditadura militar, junto com a Federação dos Sindicatos de Estudantes da Birmânia.

As belas, combativas e massivas manifestações de ontem, 15 de maio, atingiram fortemente o já instável governo Bolsonaro. Atos ocorreram em mais de 200 cidades pelo país e, seguramente, mais de 1,5 milhão de jovens e trabalhadores foram às ruas.