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O golpe em Mianmar desencadeou um movimento de proporções revolucionárias. A determinação das massas em impedir os militares de assumir o controle pode ser vista na greve generalizada e crescente e no movimento de protesto que foi desencadeado. A junta militar claramente subestimou o nível de oposição que enfrentaria.

No dia 24 de janeiro, o Senado norte-americano absolveu Donald Trump de incitar a rebelião no Capitólio em 6 de janeiro. Embora sete republicanos tenham se juntado aos democratas para votar “culpado”, isso foi insuficiente para a maioria de dois terços necessária para declarar Trump culpado. Apesar de um discurso furioso atacando o ex-presidente, o líder da minoria no Senado, Mitch McConnell, também votou pela absolvição. Conforme explicado no artigo a seguir (publicado no mês passado por nossos camaradas norte-americanos), o Partido Republicano está dividido de cima a baixo entre os verdadeiros crentes do Make America Grate Again(MAGA), oportunistas que procuram cavalgar nas

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A inação do governo Giuseppe Conte diante da mais profunda crise econômica, política e social na Itália desde a Segunda Guerra Mundial tornou-se insuportável para o grande capital. Isso explica por que a figura de Mario Draghi veio em seu socorro. É claro, porém, que este tecnocrata burguês não tem soluções para os problemas que enfrentam os trabalhadores italianos.

O golpe militar realizado em Mianmar por Min Aung Hlaing, comandante em chefe do exército, em 31 de janeiro, desencadeou um movimento que os militares claramente não esperavam. O golpe pegou muitos de surpresa. Ninguém em Mianmar esperava por isso, e ele também não parece se adequar às necessidades do momento. Então, por que isso aconteceu? Neste artigo, tentamos delinear alguns dos fatores que levaram a essa mudança repentina e acentuada na situação.

Camponeses indianos têm protestado por meses contra três novas leis agrícolas aprovadas pelo parlamento. Publicamos aqui uma atualização sobre o movimento, que alcançou um patamar importante com os acontecimentos dramáticos do Dia da República (26 de janeiro).

O despótico presidente do Haiti, Jovenel Moïse, recusa-se a renunciar, enquanto a impotente oposição burguesa parece incapaz de expulsá-lo. As massas haitianas devem romper totalmente com o apodrecido regime burguês e estabelecer uma assembleia constituinte revolucionária.

A eleição equatoriana em 7 de fevereiro produziu uma vitória clara para o candidato de esquerda Andrés Arauz, mas não o suficiente para impedir um segundo turno. Há uma diferença muito próxima na segunda posição entre o candidato preferido da oligarquia capitalista Guillermo Lasso e o candidato “indígena” Yaku Pérez.

Nas últimas semanas, houve uma escalada de ataques verbais do governo venezuelano contra a esquerda revolucionária. Esses ataques do presidente Maduro e do presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, foram dirigidos particularmente contra a Alternativa Popular Revolucionária (APR): uma plataforma política que reúne vários partidos e organizações à esquerda do governo de Maduro. Alegações muito sérias foram feitas, incluindo a acusação de que a oposição de esquerda ao governo está agindo em conluio com o imperialismo dos EUA.

Em 6 de fevereiro, milhares de manifestantes saíram às ruas de Túnis, capital da Tunísia, cantando “o povo quer a queda do regime” contra o partido islâmico Ennahdha, que faz parte da coalizão governamental. A polícia de choque já havia mobilizado cordões de segurança ao redor do centro da capital, impedindo que carros e pessoas entrassem nas ruas ao redor da Avenida Habib Bourguiba, onde ocorreu a manifestação. Apesar desses esforços, o protesto foi um dos maiores dos últimos anos.

Se há uma conclusão que se pode retirar destas eleições é o colapso da base eleitoral de esquerda. Por um lado, existiu um compromisso tácito dado a Marcelo Rebelo de Sousa, pela ala direita do PS; por outro lado, os próprios candidatos concorriam sabendo que não iriam vencer, como aconteceu com Marisa Matias que reconheceu uma vitória à primeira volta de Marcelo Rebelo de Sousa, e por isso candidataram-se com a “missão” de derrotar o fascismo.

A Holanda é um país europeu onde acontece relativamente pouco. Para os forasteiros, muitas vezes é visto como sóbrio, eficiente e estável. No entanto, o primeiro mês de 2021 já testemunhou a renúncia do terceiro governo Rutte e os distúrbios mais violentos em 40 anos. Enquanto isso, a burocracia do movimento dos trabalhadores está se movendo contra a esquerda.

O ano de 2021 mal começou e já parece se tornar, se não um ponto de viragem na história moderna da Rússia, então certamente um ano de enorme importância. Não importando o quanto as autoridades desejem que assim seja, o início de um novo ano não representa um novo começo ou um novo quadro-negro no que diz respeito às contradições acumuladas do capitalismo russo. Pelo contrário, essas contradições estão se aguçando a cada dia, levantando cada vez mais a questão, “socialismo ou barbárie?”

A última reviravolta na saga de implantação de vacinas expôs as contradições dentro da União Europeia e os limites do mercado capitalista para lidar com uma crise. Nos últimos dias, assistimos ao início de um conflito tanto entre a UE e o Reino Unido, como dentro da UE, algo que nos lembra a crise da dívida de 2011 e 2012.