Portuguese

Na Argentina, durante as últimas semanas, intensificou-se a luta dos trabalhadores, principalmente entre professores e profissionais de saúde. Esse movimento atingiu proporções mais agudas nas províncias de Salta e Jujuy, no extremo noroeste do país. Em ambos os casos, a luta por salários esteve combinada à luta contra a legislação anti-protesto e anti-greve que os governos regionais querem impor.

Nas últimas semanas, houve uma crescente ofensiva da classe dominante colombiana contra o governo de Gustavo Petro. Alguns chegaram a falar do risco de um golpe, como o que derrubou Pedro Castillo no Peru, em dezembro do ano passado. Em 7 de junho, milhares de trabalhadores, camponeses e jovens saíram às ruas para defender as reformas propostas por Petro. O camarada Galeano – da Colômbia Marxista, seção da CMI na Colômbia – faz um balanço desses eventos.

Recebemos a seguinte resolução de nossos camaradas russos, escrita ontem (24), depois que o chefe do Grupo Wagner PMC, Yevgeny Prigozhin, declarou uma rebelião e moveu colunas de tropas em direção a Moscou. A situação agora piorou um pouco: as tropas de Wagner interromperam seu avanço e foi anunciado que Prigozhin entrará no exílio, após negociações apressadas. Como escrevem os camaradas, este episódio foi uma luta entre duas seções da oligarquia russa. Mais uma vez, os oligarcas provaram que não têm interesse em desenvolver a sociedade russa ou em melhorar as condições das massas russas. Sua única preocupação é se manterem sugando o trabalho dos trabalhadores e pobres, roubando,

...

Nos primeiros quatro meses deste ano, 541 projetos de lei anti-trans foram apresentados em todo o país, incluindo 23 a nível federal, e mais de 70, já foram sancionados. Trata-se de um aumento significativo na legislação transfóbica em relação a apenas um ano atrás, quando 174 projetos de lei desse tipo foram introduzidos e 26 tendo sido aprovados.

Dominando as manchetes de notícias em todo o mundo atualmente, está a enorme operação, em andamento, de busca e resgate de um punhado de turistas ricos, incluindo um bilionário britânico, que desapareceu no Atlântico em uma aventura submarina para explorar o naufrágio do Titanic. Enquanto isso, há uma conspiração de silêncio na mídia internacional sobre os detalhes divulgados sobre o naufrágio de 700 migrantes no Mediterrâneo na semana passada – o resultado direto de uma negligência deliberada e insensível da vida humana.

A 3 de junho de 2023, o Comité Central do Partido Comunista Espanhol (PCE) votou pela expulsão da direção nacional da sua organização juvenil (UJCE). Esta última tinha levantado toda uma série de críticas à deriva social-democrática do partido, e tinha concordado em convocar um congresso especial da organização juvenil para discutir o caminho a seguir. A utilização de medidas administrativas desta natureza representa uma resposta inaceitável e burocrática a questões políticas por parte do Comité Central do PCE. Republicamos a seguinte declaração da seção espanhola da Tendência Marxista Internacional (IMT).

Ontem à meia-noite e quinze, recebi um telefonema do México com notícias que me afetaram profundamente. Informaram-me que meu velho amigo e camarada Esteban Volkov não existia mais. Embora eu não possa dizer que esta notícia foi totalmente inesperada, uma vez que Esteban atingiu a idade avançada de 97 anos em março, ela me encheu de um profundo sentimento de perda irreversível, não apenas de um amigo muito querido, mas da última ligação física que existia com um dos maiores revolucionários de todos os tempos, Leon Trotsky.

A direção do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), partido do governo na Venezuela, caminha para a fase decisiva de seu plano de minar o Partido Comunista da Venezuela (PCV). Em 21 de maio, um grupo de agentes a soldo realizou um fraudulento “Congresso Extraordinário de Filiais do PCV” em Caracas, usurpando a sigla e os símbolos do Partido Comunista e preparando o terreno para futuros ataques ao partido por parte do Estado.

A eleição de Lula no Brasil e de Petro na Colômbia em 2022 aumentou o ruído na mídia e nos círculos de esquerda sobre uma segunda “maré rosa” na América Latina. Esta é uma referência à onda de governos ditos “progressistas’ que governaram por vários anos em vários países do continente entre 1998-2015. Talvez seja mais apropriado descrever esses governos como uma maré “rosa”, pois certamente estão longe de ser “vermelhos” socialistas. É preciso examinar o caráter dessa primeira onda, os motivos que permitiram que ela durasse tanto, porque chegou ao fim e as diferentes condições enfrentadas por esta nova onda.

Os relatos parciais e confusos de confrontos no front do Donbass apontam para o início da tão anunciada contraofensiva ucraniana. Com base em informações incompletas, é impossível fazer um prognóstico definitivo. As linhas seguintes, portanto, têm um caráter totalmente condicional.

A crise do capitalismo é também a crise da ordem mundial após a queda da União Soviética, baseada na dominação do imperialismo norte-americano. Com a ascensão da China como potência mundial, com a Rússia assumindo uma postura cada vez mais desafiadora internacionalmente e com os EUA incapazes de intervir militarmente em grande escala, seu poder de polícia mundial não carrega mais o mesmo peso nem garante a obediência que antes garantia. Isso tem grandes implicações para o equilíbrio de poder no cenário mundial.

Nos últimos dias, uma série de anúncios públicos foram feitos sobre os investimentos russos em Cuba. “Eles estão nos dando um tratamento preferencial, o caminho está livre”, declarou Boris Titov, chefe da delegação russa no encerramento do Fórum Econômico Empresarial Cuba-Rússia. As condições oferecidas aos capitalistas russos são muito favoráveis: concessões de terras por 30 anos – mais longas do que as que vigoraram até agora – isenções de impostos na importação de máquinas e repatriação de lucros.

A primeira volta das eleições presidenciais na Turquia não resultou num vencedor claro. O atual presidente Erdogan do AKP (com 49,3% dos votos) será forçado a ir a uma 2ª volta pela primeira vez. O seu rival será Kemal Kılıçdaroğlu do CHP, o Partido Popular Republicano. Esta eleição foi uma batalha difícil para o AKP, que governou a Turquia por 20 anos, mas ainda assim Erdogan não foi despojado do poder.

O dia 1º de maio marcou um ano desde que a direita conservadora voltou ao poder na Coreia do Sul sob o comando do presidente Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular (PPP). Este período foi marcado por ferozes ataques do governo à classe trabalhadora, com uma correspondente ascensão da militância de classe. À medida que a crise capitalista se aprofunda, a luta de classes sul-coreana alcançará novos patamares.