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Este informe foi recebido esta noite de um correspondente no Cazaquistão após um blecaute de Internet de 7 horas. Da noite para o dia, os protestos que começaram contra o aumento do preço do gás se transformaram em um levante que já levou à renúncia do governo, mas que não dá sinais de diminuir.

Nos últimos dias, o mundo inteiro assistiu aos protestos contra o aumento do preço do gás pelo governo do Cazaquistão, que começou na parte oeste do país, e se transformou em um levante nacional que engolfou todas as principais cidades do país. É característico que, desde o início, a classe trabalhadora auto-organizada se tornou a principal força social do levante, usando com sucesso contra o regime a principal arma do proletariado: a greve. Desde os primeiros dias, as demandas eram de natureza claramente de classe e social: regulação de preços, proteção do emprego, aumento das pensões etc.

Este texto foi originalmente publicado no dia 07 de janeiro de 2022. Da Redação

Ontem, o exército e as forças de segurança do Cazaquistão, apoiados por forças especiais russas, avançaram para reprimir o que se tornou o maior movimento de massa no Cazaquistão desde o colapso da União Soviética.

Na madrugada de 2022, os gritos de “Feliz Ano Novo” soam vazios para a maioria das pessoas, porque a maioria das pessoas não está nada feliz. No passado, em tempos difíceis, eles buscavam consolo na religião. Mas, hoje em dia, as igrejas estão vazias. Em vez disso, as pessoas tendem a se refugiar no pub local, ou talvez no cinema, que se tornou algo como um ópio moderno do povo. Mas, como muitos deles estão fechados, muitos não têm outro lugar para buscar conforto a não ser em frente ao seu aparelho de televisão.

O candidato de Apruebo Dignidad, Gabriel Boric, venceu as eleições presidenciais chilenas com 56% dos votos. Maioria recorde em termos absolutos, com cerca de 4 milhões 600 mil votos e quase 1 milhão de votos à frente do candidato de Pinochet, Juan Antonio Kast, que obteve 44%.

Nos últimos dias, um surto de tornados massivos nos Estados Unidos causou uma série de mortes nos locais de trabalho, devido à recusa dos patrões em tomar as medidas mínimas necessárias para manter os empregados seguros. Tragédias como essas equivalem a assassinatos corporativos. Elas expõem a insensibilidade inerente ao capitalismo, que diariamente sacrifica a vida dos trabalhadores no altar do lucro.

A seguir, publicamos um breve perfil sobre a trajetória política de Carlos Lanz, seu desaparecimento forçado e o estabelecimento do Comitê de Busca e Libertação do companheiro. Convidamos nossos leitores a participar na conferência online “Contra os Desaparecimentos Forçados: Onde está Carlos Lanz?”, organizada pela Corrente Marxista Internacional (CMI) e pelo Comitê dedicado ao caso do companheiro, que será realizada hoje (17), às 20h (Horário de Brasilía). A live será transmitida pelo Facebook.

Julian Assange, jornalista e fundador da organização de denúncias WikiLeaks, agora pode ser extraditado para os Estados Unidos para enfrentar acusações de espionagem, determinou a Alta Corte de Justiça em 10 de dezembro. Esta decisão foi a favor de um apelo do governo dos Estados Unidos para anular a decisão anterior, em janeiro, do Tribunal de Magistrados de Westminster, que negou a extradição com o fundamento de que as duras e restritivas condições de prisão que Assange pode enfrentar podem piorar seu bem-estar mental, criando um risco real de suicídio.

A trágica morte por afogamento de 27 migrantes no Canal da Mancha aproximou a Grã-Bretanha da miséria e da devastação que os refugiados enfrentam em todo o mundo. O capitalismo é um horror sem fim. Só a revolução socialista pode derrubar as fronteiras e evitar esta catástrofe.

No dia 4 de dezembro, centenas de trabalhadores do setor público e privado, bem como representantes sindicais, estudantes e líderes camponeses de todo o Paquistão, se reuniram em Lahore para participar da convenção central dos trabalhadores organizada pela Frente Vermelha dos Trabalhadores [Red Worker’s Front – RWF].

Este texto foi originalmente publicado no dia 29 de novembro. Segundo os dados mais recentes, com cerca de 62% dos votos apurados, Xiomara Castro segue em primeiro lugar, com 51,73% dos votos. Em declaração pública, os dirigentes do Partido Nacional, que atualmente governa o país, reconheceram a derrota para a candidata da oposição.

Nos últimos dias, cidades e vilas por todo o Marrocos testemunharam movimentos em massa envolvendo estudantes universitários e jovens desempregados. Como todos os movimentos sérios e profundamente enraizados, este foi marcado pela participação massiva de mulheres jovens, que estiveram na linha de frente e trouxeram consigo altos níveis de militância. O movimento foi recebido com calorosa simpatia por todas as camadas dos pobres, não apenas porque suas reivindicações são legítimas, mas porque as massas estão furiosas e procurando um ponto de referência para se reunir.

A Revolução Sudanesa deu uma nova guinada. 28 dias após o golpe que o tirou do poder, Abdalla Hamdock foi reintegrado como primeiro-ministro pela junta militar. As ruas, que lutaram e derramaram sangue por um mês para conquistar o governo civil, receberam essa notícia, não com júbilo, mas com raiva.

Nos dias 21 a 22 de novembro, houve manifestações em massa em Viena, Linz, Salzburg, Bregenz e outras cidades austríacas, envolvendo dezenas de milhares de pessoas. Esses protestos foram uma resposta ao anúncio recente de um quarto bloqueio nacional devido a uma explosão de casos de Covid-19. Isso será seguido pela vacinação obrigatória no próximo ano.

Após um ano de batalhas, os camponeses da Índia finalmente derrotaram o governo de direita Narendra Modi e seus senhores capitalistas, forçando a revogação de suas três leis agrícolas reacionárias. Esta é uma grande vitória conquistada através de uma luta corajosa, que se mantém desde setembro de 2020.