Uma análise marxista sobre os Black Blocs

Entendemos a revolta dos jovens com essa “democracia”, como se expressam os jovens do movimento dos Black Blocs. Mas não se justifica um rechaço da democracia representativa em geral. Fazendo isso só estão facilitando o caminho de todos aqueles que hoje erguem a voz clamando por um golpe militar de tipo fascista. Negar toda a democracia só pavimenta a via da reação burguesa que está louca para proibir e esmagar as organizações do movimento operário e da juventude. O “sem partido”, “sem política” dos novos anarquistas em nada ajudou o espetacular movimento de massas eclodido nas jornadas de junho e julho.

Todos já se acostumaram a ver os mascarados nas manifestações. Alguns deles estão em qualquer manifestação de massa se reivindicando do movimento Black Blocs. Vestidos de preto, usando máscaras contra gás e prestes a revidarem a violência policial, os Black Blocs parecem personagens de filmes de ficção científica. Eles formam uma “comissão de frente” em muitas das recentes manifestações no Rio e em São Paulo e estão sempre prontos a enfrentar a repressão policial.  O que parecia ser uma provocação policial acabou se revelando um movimento de jovens rebeldes contra o sistema capitalista, com uma pretensa ideologia anarquista e que descarregam a sua fúria não só contra a violência policial, mas também sobre os preciosos ícones do capitalismo: agências bancárias, carros, etc.

No dia 7 de setembro, Dia da Independência, ocorreram manifestações de protesto em todo o país: Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e outras cidades. Mais uma vez a repressão policial atacou os manifestantes, com bombas tiros e prisões em massa. A falsa “democracia” brasileira vai aos poucos mostrando o seu caráter, a face autoritária do Estado capitalista. Dois dias antes, líderes do Black Blocs foram presos no Rio de Janeiro. A repressão não intimidou e o movimento dos Black Blocs foi à rua novamente.

No dia 5 de setembro passado, os jornais anunciaram a prisão de membros do grupo dos Black Blocs efetuada pela polícia do Rio e mais a identificação de umas 20 pessoas ligadas ao movimento. A onda de repressão contra os Black Blocs começou com a prisão dos administradores da página do movimento no facebook e pretende atingir todo o movimento. A ordem veio direta do gabinete do governador Sergio Cabral como retaliação e vingança pelo fato de ser o alvo das manifestações do Rio. O governador vem sendo acusado pelos manifestantes de prática de prevaricação em favor dos interesses dos grandes grupos capitalistas instalados no Rio, como o grupo do empresário Eike Batista e a Construtora Delta, esta envolvida em processos de corrupção no caso Carlinhos Cachoeira. 

Sergio Cabral se distinguiu, junto com o governador de São Paulo, por adotar táticas de repressão policial contra as manifestações nos mesmos moldes das utilizadas na época da ditadura militar.  Hoje o PMDB no Rio, o partido de Sergio Cabral, está em um processo de desgaste junto à população, tanto no governo como na prefeitura, como ilustra bem o caso da CPI dos transportes municipais do Rio onde os vereadores peemedebistas querem blindar qualquer investigação séria sobre a corrupção do transporte coletivo na cidade.

A prisão dos Black Blocs ocorre em um momento em que o PMDB no Rio quer sair do desgaste passando a criar “bodes expiatórios” para os atos chamados de “vandalismo” das manifestações e, ao mesmo tempo, impor uma ameaça contra toda e qualquer protesto de rua. Não há por parte do governo de Sergio Cabral, apoiado pelo governo Dilma, qualquer iniciativa para atender realmente as reivindicações populares, e se amplia o trabalho repressivo contra os movimentos.

Assim, estamos assistindo, com a prisão dos jovens do Black Blocs, a mais um processo no qual movimentos são incriminados pela política e processados judicialmente por “formação de quadrilha”. Assim foi com o processo do mensalão julgado pelo STF sem prova alguma contra os dirigentes do PT, assim foi com os estudantes da USP também acusados de “formação de quadrilha”, da mesma forma a ameaça paira sobre a CUT. Os líderes da burguesia pressionam a justiça, que é a justiça do Estado capitalista a serviço da burguesia, para criminalizar os movimentos populares. É a resposta que a burguesia brasileira, incapaz de atender qualquer demanda popular, por mais insignificante que seja, tenta dar à grande inquietação popular que vem ocorrendo em todo o Brasil nos últimos meses. A grande imprensa capitalista vem exigindo isso, diariamente, em todos os jornais e em todas as redes de televisão. É nesse contexto que ocorre a prisão dos membros do Black Blocs no Rio. É mais uma etapa de “criminalizar” como “quadrilha” todos os movimentos sociais contestatórios.

Os marxistas repudiam duramente a repressão contra todo e qualquer movimento social, de base popular, independente da sua cor política ou de suas propostas. É uma agressão às liberdades democráticas. A prisão dos membros do Black Blocs deve ser denunciada e exigida a sua libertação imediata, apesar de discordarmos profundamente desses métodos de fazer política que nada ajudam os trabalhadores a se organizarem e a desenvolverem uma consciência de classe. E se torna mais criminosa ainda essa repressão ser executada a mando de um governador ligado à corrupção organizada no estado do Rio de Janeiro. Se existem pessoas que têm que ser presas e indiciadas por “formação de quadrilha” é o próprio governador Sergio Cabral e também o prefeito Eduardo Paes. Repudiamos também qualquer tentativa por parte de partidos de esquerda de se colocaram lado a lado com a repressão do Estado capitalista. Não deve ser papel do movimento operário organizado qualquer tipo de colaboração com a polícia do Estado burguês, mas sim se unir contra toda e qualquer tentativa de repressão, violência, prisão, processo judicial e tentativa de criminalizar movimentos, por parte da burguesia e de sua polícia.

Sem programa, sem política, sem partido: rebeldes sem causa

Apesar de rechaçarmos a repressão sobre o movimento dos Black Blocss não podemos deixar de discutir a natureza de sua política, ou melhor, da falta de uma política.

Os Black Blocs se reivindicam do legado do anarquismo e tentam fazer parte de um mesmo movimento existente na Europa e Estados Unidos. Não distribuem manifestos, nas suas páginas na internet não fazem política, apenas estão presentes nas manifestações e estão prontos a revidar a violência policial. Não há organização e se relacionam pelo espaço nas redes sociais. Aliás, foi esse mesmo espaço que permitiu a ação policial repressiva contra os responsáveis da página do Black Blocs Rio. Mas, para entender o movimento é melhor dar a palavra a um dos seus membros.

Em entrevista à revista Carta Capital, em agosto passado, um militante do Black Blocs de pseudônimo Roberto deu o seguinte depoimento:

“O Black Blocs foi uma estratégia nascida em seio anarquista. Portanto, o que nos motiva é uma insatisfação com o sistema político e econômico em que vivemos. Para mim, as duas coisas são indissociáveis e têm problemas com raízes muito mais profundas do que partido X ou partido Y...”

Respondendo a pergunta por que resolveu fazer parte dos Black Blocs, Roberto dá a seguinte explicação:

“Decidi ir porque considero a ação direta uma estratégia tão importante quanto a não-direta. Nossa sociedade vive permeada por símbolos, e saber usá-los é essencial em qualquer demanda, seja ela política ou cultural. Participar de um Black Blocs é fazer uso desses símbolos para quebrar pré-conceitos e condicionamentos. Não só do alvo atacado, mas até da própria ideia de vandalismo.

A sociedade tende a considerar a depredação como algo “errado” por natureza. Mas, se nós sabemos e admitimos que os alvos atacados, em sua maioria agências bancárias até o momento, não foram realmente prejudicados – ou seja, os danos financeiros são irrisórios – qual é o real dano de uma estratégia Black Blocs? Por que deveria ser considerada errada a priori?

Não há violência no Black Blocs. Há performance”.

Roberto conclui afirmando a tática dos Black Blocs:

“Não me sinto representado por nenhum partido político. Veja que a conotação de “representação” aqui é outra. Não me sinto representado por partidos porque não sou a favor de uma democracia representativa, mas sim de uma democracia direta. A forma como os partidos políticos estão configurados atualmente serve apenas dentro da lógica da democracia representativa...”

“As ações diretas não invalidam o diálogo por vias institucionais. Quando atacamos uma agência bancária, por exemplo, não somos loucos ou ingênuos de acreditar que estamos ajudando a falir um banco. Mas nós estamos, sim, ajudando a tornar evidente o clima de instabilidade política e a insanidade da nossa sociedade capitalista.

As táticas dos Black Blocss são uma demonstração do poder que já existe nas mãos da população, e esse poder é normalmente desconsiderado pela simples existência das chamadas “vias institucionais”. Quando atuamos com ação direta, queremos também chamar atenção a isso, a essa multiplicidade de caminhos para atender as reivindicações sociais e à ineficiência de se utilizar apenas um, especialmente um que é viciado pelo próprio sistema onde está inserido. Queremos demonstrar que política também se faz com as próprias mãos.

Não queremos afirmar que as ações diretas nas ruas podem trazer mais mudanças que esses processos, mas sim que as ações diretas nas ruas podem trazer mudanças A esses processos. É mais pressão, mais autonomia.”

Tudo isso que foi dito por um militante do Black Blocs, mas expressa um pensamento que pode ser generalizado a todos do Black Blocs e que se resume em uma frase: rebeldes sem causa.

Não existe qualquer programa, proposta política ou qualquer forma de organização. Apenas uma “performance” contra o capitalismo e seus ícones. Nem podemos falar de um renascimento da velha teoria anarquista de Bakunin, Proudhon e de todos os socialistas utópicos do passado. Esse “anarquismo” não tem nada. É uma garrafa vazia, preocupado apenas com o aspecto “formal” e “estético” do protesto, visto como uma coisa em si. E como toda forma precisa de um conteúdo, essa “garrafa vazia” se pode encher com qualquer besteira.

O anarquismo do passado representou uma fase embrionária do movimento operário organizado que se expressou nos diversos socialismos utópicos. O anarquismo foi uma dessas teorias utópicas do alvorecer do socialismo que deixou raízes no proletariado de diversos países, como na Rússia, na Itália, França e mais notadamente na Espanha. Os anarquistas dirigiram nos anos 30, durante a revolução espanhola e na guerra civil, a poderosa central sindical CNT. Mas, exatamente por se abster de fazer política organizada e de combater por uma direção revolucionária, o anarquismo na Espanha, com raras exceções, capitulou vergonhosamente perante a repressão generalizada levada a cabo pelo governo da Frente Popular, governo de colaboração de classes com a burguesia impulsionada pelos stalinistas. O filme do diretor espanhol Vicente Aranda, “As Libertárias” (2004), apesar da sua visível simpatia com a utopia anarquista, nos dá um excelente retrato da incapacidade do anarquismo em dirigir a classe operária quando chega a hora da revolução.

Esse novo anarquismo causou grandes estragos nos movimentos de massas em muitos países atualmente, como no Ocuppy dos Estados Unidos onde a falta de política, de organização e de propostas levaram à desmobilização. O mesmo ocorreu aqui no Brasil nas manifestações de junho onde, por exemplo, a liderança anarquista do Movimento pelo Passe Livre era contra qualquer organização, na linha “sem partido” e que acabou deixando a porta aberta para uma das mais oportunistas manifestações da direita, que alimentada pela mídia explorou o preconceito popular contra os partidos políticos.

Certamente o militante “Roberto” não inventou a teoria da “democracia direta” versus “democracia representativa”. Provavelmente é compartilhada pelo movimento dos Black Blocs. É ingenuidade, o mínimo que podemos dizer, acreditar que uma verdadeira democracia seja a “democracia direta”, coisa que ele não diz o que é e que nem sabe como deve ser. Opor democracia direta versus democracia representativa é tolice. O que podemos vagamente supor que está se falando da democracia parlamentar burguesa. Neste caso, é preciso dizer que a democracia burguesa, uma das formas de regime democrático burguês, é na realidade uma fachada para a existência de um Estado baseado no antagonismo de classe, ou seja, um instrumento de exploração e opressão do capitalismo. Mesmo sob a forma “democrática”, é a ditadura da burguesia, um Estado onde a burguesia “dita” as leis para o sistema político, a vida econômica e social.  O povo em geral não tem como morrer de amores por essa democracia burguesa até mesmo porque ela escapa totalmente ao controle dos eleitores. Porém, as ilusões com essa “democracia burguesa” é a prática que existe aos olhos das massas. E as ilusões não desaparecem porque um grupo de “vanguarda” vai mostrar à população o seu verdadeiro caráter.  É nas assembleias, nos piquetes de greve, nos comitês de luta que os trabalhadores e a população em geral podem experimentar uma outra democracia, uma democracia que cede lugar à maioria de trabalhadores oprimidos pelo capitalismo.

Não se pode colocar um milhão de pessoas numa sala e nem tampouco fazer uma assembleia com milhões de pessoas na rua.  Uma “democracia direta” desse nível só pode abrir caminho para a manipulação de massa e não para uma efetiva decisão que favoreça a maioria. É pavimentar a via para a ação dos demagogos. O baixista da antiga banda Pink Floyd, Roger Waters, na sua ópera-rock “The Wall” (o Muro), mostrou como a música pop facilita a manipulação de massas, e como o fascismo, a reação da direita, se alimenta dessa mesma manipulação. Não somos contra a música pop, mas nos opomos a toda forma de manipulação de massa, porque é sempre uma manipulação a serviço da burguesia que controla a mídia de massas e sempre será em benefício dos interesses de uma minoria.

Toda verdadeira democracia pressupõe a existência do sufrágio universal, que é uma das conquistas da humanidade desde a Antiguidade Clássica. Um homem, um voto. Esse é um princípio simples, mas que não existe no Brasil hoje.

No Brasil os eleitores de um estado menos populoso têm o mesmo peso eleitoral que um Estado como o de São Paulo, muito mais populoso. A “demos”, palavra grega que significa a assembleia dos comuns, dos cidadãos que votam, pressupõe a elegibilidade e o mandato.

O problema é que na democracia burguesa se vota a cada quadro anos ou mais em um representante, que acaba fazendo o que quer e costuma, em geral, dar as costas ao povo que o elegeu. Essa é a prática corrente hoje na democracia brasileira.

Agora, numa verdadeira democracia que dá o poder aos do povo, significa eleger e revogar o mandato de acordo com a maioria. Significa também que a representação política deve ser remunerada no máximo com um valor do salário de um trabalhador especializado e não como é hoje onde deputados e senadores recebem salários de mais de 20 mil reais e muitas regalias.

Entendemos a revolta dos jovens com essa “democracia”, como se expressam os jovens do movimento dos Black Blocss. Mas não se justifica um rechaço da democracia representativa em geral. Fazendo isso só estão facilitando o caminho de todos aqueles que hoje erguem a voz clamando por um golpe militar de tipo fascista. Negar toda a democracia só pavimenta a via da reação burguesa que está louca para proibir e esmagar as organizações do movimento operário e da juventude. O “sem partido”, “sem política” dos novos anarquistas em nada ajudou o espetacular movimento de massas eclodido nas jornadas de junho e julho.

A tática dos Black Blocs

O marxismo é a expressão consciente de um processo social inconsciente. Ele nos ensina que a história da humanidade é a história da luta de classes. Os ativistas do anarquismo em geral e até mesmo os do Black Blocs podem entender este princípio elementar que é a existência da luta de classes, mas não entendem seus desdobramentos políticos, que se resume no fato de que “a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores” (Marx). 

Toda luta conjunta dos trabalhadores que ultrapassa os limites imediatos e corporativistas coloca os problemas da forma de organização da luta, problemas que contém o germe do desafio ao poder capitalista. Os piquetes de greve, as comissões de fábrica, as assembleias de trabalhadores, as amplas manifestações de massas tendem a colocar as formas de organização para a luta. O que implica em uma tendência universal do proletariado a se organizar em comitês e conselhos. É uma tendência natural que os anarquistas aceitam até certo ponto, mas não vão além, pois implica em aceitar a concepção de que o proletariado para avançar na luta pela impugnação dos poderes da burguesia, precisa se constituir em partido político autônomo, independente da burguesia. A grande divergência com os anarquistas está no fato de que o proletariado necessita de um partido operário de massas, com programa socialista que ajude as amplas massas de trabalhadores a “expulsarem a burguesia do poder político” (Gramsci) e a constituírem um governo socialista dos trabalhadores.

A grande lição das jornadas de junho e julho passado é que sem uma direção revolucionária o movimento de massas fica à deriva e acaba cedendo às pressões da burguesia. Para existir uma direção é preciso que exista uma forma de organização. O proletariado precisa de organização para vencer o poder da burguesia. Esta  é a fronteira que separa o marxismo das teorias pequeno burguesas dos socialistas utópicos entre os quais se encontra o anarquismo.

A tática dos Black Blocs consiste na abstenção total: sem organização, sem partido, sem programa. A única coisa que existe é uma tática de “ações exemplares” com caráter “estético” de destruir ícones do capitalismo, bancos, lojas, carros, etc. E tampouco existe qualquer proposta de organização. O “movimento” é uma soma de “singularidades” que é a negação de qualquer democracia, pois certas “singularidades” vão se impor sobre outras “singularidades”. Ou seja, não é um movimento com regras claras onde todos têm os mesmos direitos e deveres. Acabam se dividindo entre os que “mandam” e que se articulam pelas páginas do facebook, e os que “fazem” as ações diretas nas ruas, reproduzindo no movimento a divisão do trabalho existente na sociedade capitalista, contra a qual os Black Blocs dizem combater. Este tipo de fluidez organizativa permite, por exemplo, a espionagem policial, como aconteceu com os infiltrados nas manifestações e agora com a prisão dos líderes do Black Blocs no Rio.

Essa tática de “ações exemplares” não tem nada de novo.  Já foi tentada pela esquerda guerrilheira na América Latina e pelos ultra esquerdistas na Europa no final dos anos 60 com as famosas “brigadas vermelhas” na Itália e na Alemanha pelo movimento liderado por Andreas Baader. Todos esses movimentos acabaram de forma trágica, com derrotas, prisão e mortes. Essas táticas em nada ajudam a avançar a consciência e a organização dos jovens e dos trabalhadores. É uma tática velha, pequeno-burguesa, de querer substituir o movimento de massas e os métodos proletários de luta por ações exemplares que acabam engendrando fracassos políticos e desmobilização. 

Contra a repressão

A burguesia tenta apartar o cerco aos movimentos de massas hoje no Brasil. A mídia capitalista pressiona o governo federal e os governadores. Diz o ditado espanhol “crie corvos que eles te devorarão os olhos”. O governador Sergio Cabral é um dos corvos criados pela base aliada da coligação do PT com o PMDB. Agora pressionou o PMDB do Rio para aprovar uma lei que proíbe usar máscaras em manifestações. Um pretexto para uma ofensiva contra as manifestações de rua e mais uma tentativa de criminalizar todos os movimentos, pois diante de uma polícia repressiva como não usar máscaras para se proteger das bombas? E os policiais infiltrados? Vão usar crachá de infiltrados?

É necessário rechaçar estas políticas como antidemocráticas. É necessário combater e denunciar a prisão dos Black Blocs, pois é apenas um começo para um processo de repressão sobre os trabalhadores, à juventude e suas organizações.