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A raiva espalhou-se rapidamente à medida que milhares e milhares de pessoas iam se aglutinando na Praça Tahir para protestar contra o presidente Morsi e seu partido, a Irmandade Muçulmana. Por toda a praça viam-se slogans como: “A Irmandade Muçulmana roubou a revolução”, ou: “A Irmandade Muçulmana é mentirosa”. Durante todo o dia, chegavam à praça ondas intermináveis de marchas vindas da cidade velha (parte mais antiga da cidade do Cairo onde moram as pessoas mais pobres. Nota do Editor). Em tamanho e radicalismo os protestos de ontem (dia 27 de novembro) só se equiparam aos que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak em Janeiro de 2011.

Os acontecimentos na Grécia estão mais uma vez nas principais manchetes dos jornais, depois de mais um dia de ação grevista militante e do novo “acordo” celebrado hoje pela União Europeia (UE). Este acordo para reduzir a dívida da Grécia é completamente insuficiente para resolver o problema e é um insulto à classe trabalhadora grega, que já vive anos de cortes brutais, enquanto a UE hesita. A única solução real para os problemas da Grécia é o cancelamento da dívida e a expropriação do capitalismo na Grécia e na Europa. Este artigo, que foi apresentado na segunda edição da revista teórica da Corrente Marxista Internacional, fornece algumas análises teóricas para as forças políticas e

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No dia 26 de novembro duas procissões funerárias se converteram em protestos massivos nas ruas do Egito. Durante os últimos cinco dias, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra um decreto anunciado pelo presidente egípcio, Mohamed Morsi, que lhe permite governar quase que autocraticamente. Os fatos mostram publicamente a verdadeira natureza da Irmandade Muçulmana, que antes se dizia representante da democracia no Egito. Ao mesmo tempo, tais fatos demonstram que nenhuma das contradições que levaram à revolução foram resolvidas e que debaixo da superfície está se preparando uma nova onda revolucionária.

Quando se examina a história, esta não parece ser outra coisa além de uma grande massa de contradições. Os acontecimentos se perdem em um labirinto de revoluções, guerras, períodos de progresso e decadência. Os conflitos entre as classes sociais e entre nações se movem no caos do desenvolvimento social. Como é possível entender e explicar estes fatos, quando não parecem ter base racional alguma?

No dia 4 de Outubro forças do governo guatemalteco atacaram uma manifestação de indígenas matando oito manifestantes. Milhares bloquearam a estrada pan-americana para protestar contra o aumento das tarifas de energia elétrica. Embora os soldados responsáveis pelas mortes tenham sido detidos, o governo tratou o assunto como se fosse de importância menor. Mais uma vez assistimos a uma demonstração de desumanidade do governo de extrema direita da Guatemala. (Nota do tradutor: recordemos que em 1978 os paramilitares a serviço dos EUA e da burguesia massacraram 256 indígenas.

Em agosto e setembro as manobras militares japonesas realizadas nas disputadas ilhas de Diaoyu provocaram alguns dos maiores protestos vistos na China desde o levante na Praça Tiananmen em 1989. A disputa pelas ilhas é uma luta imperialista por recursos naturais e rotas comerciais. Contudo, o protesto foi muito além da expressão de um popular sentimento anti-japonês. De fato, embora o regime de Pequim se esforce para limitá-los a isso, as manifestações foram dirigidas ao governo chinês assim como às manobras agressivas do Japão.

A situação do movimento sindical argentino é bastante penosa. A CGT está dividida em 3 partes (oficialistas, moyanistas e CGT Azul e Branca de Barrionuevo) e a CTA está dividida em duas (Yasky e Micheli). Tudo é consequência das lutas de camarilhas por seus interesses aparelhistas e pelas intromissões  da burguesia e do governo.

Mais uma vez a máquina militar israelense realiza outra execução extrajudicial. Desta vez, a IAF (Israeli Air Force – Força Aérea de Israel) fez ir pelos ares o líder militar de Hamas, Ahmed Jabari, através de um ataque por helicópteros, além de um número de civis cujo único “crime” era o de viver na “maior prisão ao ar livre do mundo” [i]. Por que isto está acontecendo agora?

Publicamos abaixo a segunda parte do texto O que é o marxismo que trata de explicar o pensamento humano, a filosofia, o idealismo e a dialética. [parte I]

O marxismo, ou socialismo científico, é o nome que se dá ao conjunto de ideias concebidas pela primeira vez por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Em sua totalidade, estas ideias proporcionam uma base teórica completamente elaborada para a luta da classe trabalhadora para alcançar uma forma superior de sociedade humana – o socialismo.

Enquanto os anos 1960 se tornavam os anos 1970, Hobsbawm deixou de defender a economia nacionalizada planificada e passou a fazer parte da tendência eurocomunista dentro do Partido Comunista. Ali, proporcionou as justificações teóricas não somente para a dissolução do Partido Comunista, como também para uma virada à direita do Partido Trabalhista na Grã-Bretanha, algo que lhe valeu o apelido de “marxista favorito de Kinnock”.

É difícil acreditar que já se passaram quase quatro anos desde a eleição de Barack Obama. As ruas estavam cheias de carros buzinando, bandeiras e gritos de emoção. Lágrimas de alegria desenfreada e alívio corriam nas faces de muitos. Depois de oito longos anos de Bush, a mudança finalmente chegara?! Ou não? À medida que os meses – e a crise – avançavam, se tornou cada vez mais claro que no essencial, a presidência de Obama era uma espécie de Bush 2.0, mais do que um novo amanhecer de paz e prosperidade.

Na madrugada de 26 de outubro de 2012 foi incendiado um dos espaços estudantis mais importantes e históricos do país: a sede do Comitê de Luta Estudantil do Politécnico – Comitê Estudantil em Defesa da Educação Pública (CLEP-CEDEP). Este espaço foi ganho depois da greve estudantil de 1968 e se manteve ativo por quase 44 anos para a organização dos estudantes filhos dos trabalhadores e para a organização do povo trabalhador em seu conjunto. Aqui se abriga uma parte importante da memória dos estudantes mexicanos, contando com arquivos datados desde 1968 até as recentes lutas, muitos destes arquivos tristemente se perderam para sempre.

Lev Davidovich Bronstein Trotsky foi, junto com Lênin, um dos dois grandes marxistas do século XX. Dedicou sua vida à causa da classe trabalhadora e do socialismo internacional. E que vida! Desde sua mais precoce juventude – quando trabalhava à noite elaborando volantes ilegais para as greves, o que lhe acarretaria seu primeiro encarceramento e desterro à Sibéria – até agosto de 1940, quando foi assassinado por um agente de Stalin, trabalhou duro e sem cessar pela causa do movimento revolucionário.