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Os relatos parciais e confusos de confrontos no front do Donbass apontam para o início da tão anunciada contraofensiva ucraniana. Com base em informações incompletas, é impossível fazer um prognóstico definitivo. As linhas seguintes, portanto, têm um caráter totalmente condicional.

A crise do capitalismo é também a crise da ordem mundial após a queda da União Soviética, baseada na dominação do imperialismo norte-americano. Com a ascensão da China como potência mundial, com a Rússia assumindo uma postura cada vez mais desafiadora internacionalmente e com os EUA incapazes de intervir militarmente em grande escala, seu poder de polícia mundial não carrega mais o mesmo peso nem garante a obediência que antes garantia. Isso tem grandes implicações para o equilíbrio de poder no cenário mundial.

Nos últimos dias, uma série de anúncios públicos foram feitos sobre os investimentos russos em Cuba. “Eles estão nos dando um tratamento preferencial, o caminho está livre”, declarou Boris Titov, chefe da delegação russa no encerramento do Fórum Econômico Empresarial Cuba-Rússia. As condições oferecidas aos capitalistas russos são muito favoráveis: concessões de terras por 30 anos – mais longas do que as que vigoraram até agora – isenções de impostos na importação de máquinas e repatriação de lucros.

A primeira volta das eleições presidenciais na Turquia não resultou num vencedor claro. O atual presidente Erdogan do AKP (com 49,3% dos votos) será forçado a ir a uma 2ª volta pela primeira vez. O seu rival será Kemal Kılıçdaroğlu do CHP, o Partido Popular Republicano. Esta eleição foi uma batalha difícil para o AKP, que governou a Turquia por 20 anos, mas ainda assim Erdogan não foi despojado do poder.

O dia 1º de maio marcou um ano desde que a direita conservadora voltou ao poder na Coreia do Sul sob o comando do presidente Yoon Suk-yeol, do Partido do Poder Popular (PPP). Este período foi marcado por ferozes ataques do governo à classe trabalhadora, com uma correspondente ascensão da militância de classe. À medida que a crise capitalista se aprofunda, a luta de classes sul-coreana alcançará novos patamares.

As peripécias em torno da TAP saíram fora do controle e causaram um conflito aberto entre a presidência e o governo. O Partido Socialista de António Costa chegou ao poder com maioria absoluta em janeiro de 2022. Após pouco mais de um ano está assolado por escândalos e divisões.

O banqueiro Lasso, presidente do Equador, utilizou-se do procedimento de "morte cruzada" para fechar o Congresso Nacional apenas duas horas antes do início da votação de seu processo de impeachment por corrupção. Agora, devem ser convocadas eleições dentro do prazo de seis meses, para a renovação tanto do Executivo (a presidência) quanto do Legislativo (o congresso). Mas, nesse ínterim, o presidente permanece no cargo e vai governar por decreto e sem controle parlamentar. Portanto, é um autogolpe.

O nauseante nacionalismo em torno das celebrações da coroação na Grã-Bretanha foi acompanhado por uma série de prisões arbitrárias. A classe dominante está se preparando para as batalhas que virão. Os trabalhadores e os jovens devem reagir com uma luta de classes militante.

Com a classe trabalhadora enfrentando ataques violentos aos salários, condições e serviços públicos, o espalhafatoso carnaval da coroação [de Charles III] está sendo recebido com apatia e repulsa. O Socialist Appeal apoia a abolição total da monarquia e uma república socialista da Grã-Bretanha!

“Toda reação alimenta e reforça os elementos do passado histórico em que a revolução desferiu um golpe sem ter conseguido aniquilá-lo” (L. Trotsky)

Promovidas por alguns ativistas como um meio de combater a opressão, as políticas de identidade estão cada vez mais sendo usadas pelo establishment para atacar a esquerda e o movimento operário. Os trabalhadores e a juventude devem contra-atacar com a luta de classes revolucionária.

O ano é 2018. No prestigiado leilão de belas artes da Christie na cidade de Nova York, um retrato borrado de um cavalheiro de terno está pendurado ao lado de uma gravura de Andy Warhol e de uma escultura de bronze de Roy Lichtenstein. É intitulado: “Edmond de Belamy, de La Famille de Belamy”. Um licitante anônimo por telefone compra o retrato por US$ 432.500, contra uma estimativa inicial de US$ 7 mil a US$ 10 mil. Na parte inferior do quadro, em vez de uma assinatura, há uma linha de código. Não foi produzido por mãos humanas, mas por uma inteligência artificial (IA).

A situação política dos Estados Unidos está cada vez mais convulsiva. Pela primeira vez na história do país, acusações criminais foram feitas contra um ex-presidente. O fato de Donald Trump ser o atual favorito para a corrida presidencial pelo Partido Republicano em 2024 aprofunda ainda mais a crise do regime.