Venezuela: CMR condena o assassinato fascista de sindicalistas em Aragua

Repúdio ao assassinato dos sindicalistas venezuelanos e solidariedade aos operários da Venezuela.

Pela manhã de hoje, tivemos a notícia do assassinato de Richard Gallardo, Luis Hernández e Carlos Requena, conhecidos dirigentes operários do estado de Aragua e militantes da USI (Unión Socialista de Izquierdas). Desde a CMR (Corriente Marxista Revolucionária) e FRETECO (Frente Revolucionaria de Trabajadores de Empresas em Cogestión y Ocupadas) queremos mostrar nosso repúdio a estes assassinatos, que supõe um atentado ao conjunto da classe trabalhadora de Aragua e Venezuela. Ao mesmo tempo, queremos mostrar nossos pêsames a seus familiares e amigos.

Este crime é uma mostra de que os mercenários são uma ameaça viva para o movimento revolucionário e vem espoliado pela impunidade da qual gozam os contra-revolucionários, que são os que organizam e financiam estes assassinos. Sem dúvida, os tímidos avanços da contra-revolução nas eleições regionais animaram os fascistas, como estamos vendo em muitos estados do país que caíram nas mãos da oposição. Estes camaradas são umas das primeiras vítimas deste atentado fascista. Este crime, também, é dirigido contra o movimento sindical em Aragua, eliminando um de seus dirigentes mais notáveis. Os mais beneficiados com este crime é a patronal de Aragua e da Venezuela, com a qual estes camaradas vinham lutando há anos. Os trabalhadores de Aragua, dos mais combativos da Venezuela, não devem se deixar amedontrar e devem seguir o caminho da organização e luta da qual foram exemplos os camaradas assassinados.

Desde a CMR, exigimos a detenção e punição contra os culpados tanto materiais quanto intelectuais deste crime. Sobretudo fazemos um chamado para que a classe trabalhadora se organize nas empresas e se mobilize para fazer frente à contra-revolução, através de comitês de autodefesa em toda a Venezuela. Ao mesmo tempo é mais necessário que nunca impulsionar a tomada e ocupação de fábricas para terminar com a propriedade privada dos meios de produção na Venezuela. Continuar a luta pela vitória da revolução socialista será a melhor maneira de reivindicar a memória destes lutadores que dedicaram sua maior energia à tarefa de emancipar a classe operária.


Prezados companheiros, recebam nossa solidariedade.

Repúdio ao assassinato dos dirigentes sindicais da União Nacional dos Trabalhadores (UNT) Richard Gallardo, Luis Hernández e Carlos Requena! Exigimos justiça e punição para os culpados!

Pela nacionalização sob controle operário de fábrica Alpina e de todas as grandes empresas de laticínios da Venezuela!

Nós, do Movimento das Fábricas Ocupadas do Brasil, recebemos a notícia de assassinato desses companheiros com indignação e revolta.

É evidente que se trata de um crime político a mando da patronal contra a liberdade e autonomia sindical, contra o direito de greve e contra a luta pelos empregos, salários e direitos dos trabalhadores venezuelanos.

Os companheiros foram emboscados enquanto organizavam a tomada e a ocupação da fábrica de laticínios Alpina e exigiam sua expropriação sob controle dos trabalhadores, como continuidade da luta em defesa dos empregos ameaçados, após os patrões anunciarem o fechamento da unidade de Cagua (Aragua).

Por isso, prestamos nossa solidariedade e exigimos justiça e punição aos culpados pelo assassinato de Richard Gallardo, Luis Hernández e Carlos Requena!

Podem contar com nosso apoio na luta pela nacionalização das fábricas, bancos e grandes empresas sob controle operário! Pela vitória do socialismo na Venezuela!

Serge Goulart
Movimento das Fábricas Ocupadas do Brasil
Esquerda Marxista