CMI condena repressão a político comunista israelense

A Corrente Marxista Internacional (CMI) condena a proposta de expulsão do comunista Ofer Cassif, deputado do parlamento israelense (Knesset), e protestamos com indignação contra a supressão dos direitos democráticos em Israel.

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Ofer Cassif é um importante membro do Partido Comunista Israelense (Maki) e representante da coalizão Hadash no Knesset. Foi suspenso pelo Comitê de “Ética” do Knesset durante 45 dias, em 18 de outubro, depois de ter acusado o governo de realizar a limpeza étnica dos territórios palestinos. Em outras palavras, foi suspenso do parlamento por dizer a verdade! Agora o regime pressiona pela sua expulsão total do parlamento.

O último ataque a Cassif foi lançado depois de este ter assinado uma petição em apoio ao caso da África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, que acusa Israel de cometer genocídio em Gaza. Pouco depois de ter assinado esta petição, 85 deputados da coligação de extrema-direita, no poder, e da chamada oposição “moderada” assinaram uma moção ao Comitê da Câmara do Knesset, apelando por sua expulsão.

Na terça-feira, 30 de janeiro, o Comitê da Câmara de Representantes do Knesset votou por 14 votos contra 2 apoiando a moção para expulsar Cassif, alegando que o seu apoio ao caso da África do Sul era “uma traição” e equivalia ao “apoio a uma luta armada” contra o Estado de Israel. A expulsão de Cassif será colocada em votação no Knesset em 19 de fevereiro e precisará obter o apoio de 90 dos 120 membros do Knesset para ser aprovada. Considerando que 85 deputados já assinaram a moção para expulsar Cassif, é altamente provável que Cassif seja expulso.

A verdadeira intenção por trás deste ataque a Cassif é clara: esmagar qualquer oposição dentro de Israel à guerra genocida que está realizando em Gaza e à limpeza étnica em curso dos palestinos na Cisjordânia. O Ministro da Segurança Nacional, Ben Gvir, de extrema-direita, deixou isso claro quando postou uma foto de outro deputado do Hadash, Ayman Odeh, no X (Twitter) com o comentário: “o próximo da fila”.

A parlamentar do Hadash, Aida Touma-Suleiman, alertou que “com o debate de terça-feira, os membros do Knesset estão corroendo os restos da democracia” em Israel.

Independentemente das nossas diferenças políticas com o Cassif e o Hadash, apoiamos os seus direitos democráticos e oferecemos a nossa solidariedade na sua luta contra a repressão sionista. Os comunistas e os democratas consistentes de todo o mundo deveriam unir-se em apoio a todas as vítimas da repressão e protestar contra um ataque flagrante aos direitos democráticos básicos, que mostra não só a hipocrisia da democracia burguesa em geral, mas a podridão da “democracia” israelense em particular.

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