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Os comunistas são geralmente descritos pela classe dominante como indivíduos violentos que não vão parar até que a sociedade se afogue no seu próprio sangue. Portanto, não foi surpresa para nós quando o maior portal digital de notícias da Dinamarca, a BT, enquanto entrevistava um camarada dirigente da nossa seção dinamarquesa sobre a decisão histórica de fundar um Partido Comunista Revolucionário, passou a maior parte do tempo tentando fazer com que o camarada admitisse que nós nos colocamos a favor da violência.

Milhões de pessoas em todo o mundo ficaram horrorizadas na segunda-feira (27/05), depois que um ataque aéreo das FDI destruiu um acampamento para civis deslocados em Rafah, matando pelo menos 45 pessoas. As redes sociais estão repletas de imagens de homens, mulheres e crianças carbonizados e desmembrados, assassinados enquanto dormiam. Lênin escreveu certa vez que o capitalismo é um horror sem fim: em Gaza, essas palavras estão sendo pronunciadas nas linguagens do fogo e do sangue para todo o mundo ver.

O que começou como um protesto de professores por aumentos salariais expandiu-se para um motim policial duma semana e uma rebelião popular de professores, trabalhadores da saúde, energia e outros funcionários públicos na província de Misiones, no extremo nordeste do país, a 1.000 km da capital Buenos Aires.

Ontem (20/05), os veículos de mídia no mundo inteiro foram surpreendidos pela inusitada notícia de que o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, está pedindo mandados de prisão por crimes de guerra contra Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, e Yoav Gallant, o ministro da defesa.

Em 13 de maio, mais de 500 mil pessoas reuniram-se em Muzaffarabad, a capital da “Azad” (“Livre”) Caxemira controlada pelo Paquistão, para exigir eletricidade e farinha de trigo mais baratas. A classe dominante, apesar de ter atacado brutalmente os manifestantes anteriormente, aceitou agora, parcialmente, as exigências das massas. Esta é uma enorme vitória nesta parte da Caxemira, onde as pessoas protestam há mais de um ano por estas demandas. Esta vitória enviou ondas de choque pelos corredores do poder.

O Festival Eurovisão da Canção arrancou a 7 de maio, em Malmo, na Suécia, ao mesmo tempo que Israel lançava o ataque a Rafa, onde vivem atualmente mais de 1,5 milhões de refugiados palestinianos. Numa poderosa demonstração de solidariedade, a cidade de Malmo respondeu com uma das maiores manifestações a que a Suécia assistiu em décadas.

O ataque a Rafah, há muito planejado, começou. Na segunda-feira, 6 de maio, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram ataques aéreos contra a cidade e emitiram alertas de evacuação de cerca de 100 mil palestinos dos seus bairros a leste para as chamadas “zonas humanitárias” de al-Mawasi, em direção à costa, e a uma área a oeste de Khan Younis.

O ataque há muito planeado contra Rafah já começou. Na segunda-feira, 6 de maio, as Forças de Defesa Israelita lançaram ataques aéreos contra a cidade e emitiram apelos à evacuação de cerca de 100.000 palestinianos dos seus bairros orientais para as chamadas “zonas humanitárias” de al-Mawasi em direção à costa, e uma área a oeste de Khan Younis. 

Publicamos aqui uma contribuição de Alan Woods ao debate pré-congresso do Partido Comunista Brasileiro - Refundação Revolucionária. O PCB-RR reúne camaradas que foram burocraticamente expulsos do PCB em julho-agosto de 2023, depois de terem levantado toda uma série de divergências políticas, inclusive em relação à questão da natureza da guerra na Ucrânia. Queremos agradecer à Comissão Política Nacional Provisória do PCB-RR pela oportunidade desta troca de ideias entre os comunistas e desejar-lhes sucesso no seu congresso que terá lugar no final do mês. O artigo foi publicado na Tribuna de Debates do congresso PCB-RR com a seguinte introdução:

Na noite de terça-feira (30/04), a polícia nos Estados Unidos permaneceu impassível enquanto uma multidão de extremistas sionistas foi autorizada a atacar violentamente o acampamento de solidariedade à Palestina na Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA). Os protestos pacíficos pró-Palestina que eclodem nos EUA foram considerados violentos, racistas e anti-semitas pelos meios de comunicação social e por políticos de todos os matizes. Mas há uma conspiração de silêncio em torno do racismo real e evidente e da violência extrema dos sionistas que atacam os campi nos últimos dias.

Nos Estados Unidos, mais de 60 universidades e faculdades viram estudantes e professores organizarem acampamentos em um movimento crescente contra o massacre em Gaza. Toda uma geração está se politizando e tirando conclusões sobre a natureza do imperialismo, o papel da polícia e do Estado e a necessidade de uma ação coletiva.

O pós-modernismo é uma escola de pensamento filosófica amorfa que ganhou destaque no período pós-guerra. Começando como uma tendência marginal, desde então cresceu e se tornou uma das escolas dominantes da filosofia burguesa, permeando grandes partes, senão a maioria, da academia hoje. Aqui publicamos o primeiro de uma série de artigos que analisam diferentes aspectos do pós-modernismo a partir de uma perspectiva marxista.

Na sexta-feira, 15 de março, o presidente colombiano Gustavo Petro saiu às ruas de Cali. No discurso que proferiu naquele dia, propôs uma Assembleia Constituinte como forma de resolver os vários problemas que a sua presidência encontrou na tentativa de aprovar as reformas para as quais foi eleito.

Os protestos contra o ataque genocida de Israel apoiado pelos Estados Unidos em Gaza estão aumentando nos campi de todo o país. Em 17 de Abril, estudantes da Universidade de Columbia, na cidade de Nova York, criaram o “Acampamento de Solidariedade à Gaza”, exigindo que a universidade cortasse os investimentos financeiros a Israel e às empresas que lucram com o massacre. O protesto coincidiu com a presença do presidente da Universidade de Columbia, Minouche Shafik, em audiência no Congresso destinada a caluniar como “antissemita” o movimento de solidariedade à Palestina.

Uma nova Nakba não é apenas um sonho da extrema direita israelense, seria também uma oportunidade lucrativa para o “livre mercado”. Várias empresas ocidentais estão especulando nos territórios palestinos ocupados, e os bancos promoveram tal fato com mais de US$ 300 bilhões em investimentos e ações já vinculadas aos territórios.